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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Insulto do governo brasileiro aos investidores e poupadores nacionais


Hoje li um artigo da colunista Thais Heredia no portal G1 http://g1.globo.com/platb/thaisheredia/2012/06/06/brasil-precisa-parar-de-insultar-investidores-estrangeiros-diz-economista-de-fundo-ingles/, o artigo trata dos possíveis insultos que o governo brasileiro tem feito aos investidores estrangeiros. Concordo com todas as críticas feitas no artigo, porém considero que a situação seja ainda pior, pois o governo vem durante anos insultando os investidores e poupadores domésticos.

Nossos níveis de investimento estrangeiro são ínfimos se comparados aos países do BRIC, isso se torna extremamente necessário para diminuição do “custo-brasil” que faz com que o nosso parque industrial não seja nem um pouco competitivo.

É bastante óbvio que o investimento seja ele estrangeiro ou doméstico é o fator fundamental para o crescimento econômico e desenvolvimento de um país, mas às vezes nos esquecemos de que para que haja investimento temos que ter poupança. Quando digo que o governo brasileiro insulta os poupadores e investidores domésticos; é por causa dos altíssimos juros (que mesmo com a redução da SELIC ainda temos a 2º maior taxa de juros reais do mundo) que desestimulam os investidores a investir no setor produtivo.

E quando digo que os poupadores domésticos são insultados é por causa das altas taxas de imposto de renda cobradas sobre investimentos, visto que a poupança principal investimento das famílias brasileiras é isento de cobrança, mas os recursos são destinados ao financiamento habitacional que apesar do enorme déficit habitacional brasileiro setores de infraestrutura são extremamente carentes de investimentos.

É um absurdo essa situação! O trabalhador brasileiro que trabalha mais de três meses para pagar somente seus impostos, quando consegue fazer suas economias após um trabalho árduo vê os seus míseros rendimentos serem tributados logo de cara em 22,5%[1], qual estímulo que essa massa de trabalhadores tem a não ser a esperança de que tudo vai mudar porque o Brasil é o país do futuro.

Temos que pensar e agir agora para realmente nos tornar o país do futuro, precisamos de políticas de estimulo à poupança através de campanhas educativas a fim de esclarecer quais são as melhores alternativas de investimento e a desoneração do pequeno investidor com o intuito de formar poupança interna para investimentos em infraestrutura para aumentar a competitividade do setor industrial brasileiro. Necessitamos e muito dos investimentos estrangeiros, não podemos de maneira alguma nos fechar para o mundo o comércio internacional como descrito por diversos autores “é uma via de mão dupla” temos cada vez mais que difundir as tecnologias produzidas no exterior e cada vez mais produzirmos a nossa tecnologia.


[1] Alíquota incidente sobre aplicações em renda fixa inferiores há seis meses

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