Economia escravista
de agricultura tropical séculos XVI e XVII
O problema
inicial encontrado pelos senhores de engenho foi a dificuldade de mão de obra,
problema esse que foi solucionado com a introdução do trabalhador escravo
africano trazido pelos portugueses que vinham praticando o comércio negreiro em
suas colônias no litoral africano, vale ressaltar também os grandes custos iniciais
de produção. A introdução do escravo africano nos engenhos nordestino não
representou nenhuma mudança de caráter econômico.
A primeira
atividade econômica estabelecida foi o comércio de subsistência que havia entre
o engenho e os indígenas.
A economia açucareira
concentrava a geração de capital em torno do senhor do engenho, visto que seus
custos (manutenção do engenho, transporte até o porto, e alguns poucos
trabalhadores assalariados) eram ínfimos. Durante o século XVI a indústria açucareira
era suficientemente rentável para autofinanciar a duplicação da sua capacidade
produtiva em 2 anos, no final do século XVI a produção açucareira no Brasil era
20 vezes maior que nas ilhas do atlântico. Devido aos seus custos muito baixos a
economia açucareira era muito resistente à modificações de curto prazo nos preços
do açúcar justificando em parte a não reação à concorrência nas Antilhas.
A produção de
açúcar era tão rentável que a própria produção de alimentos para o
abastecimento do engenho era antieconômica, o que propiciou o desenvolvimento
da pecuária no interior brasileiro já que o governo português proibira a criação
de gado na faixa litorânea. Com o
intuito de expandir a economia açucareira a coroa portuguesa tratou de ocupar
todo o território que lhe era de direito. Após a união ibérica com o intuito de
defender uma importante entrada para as jazidas de ouro e prata espanholas que era
localizada na foz do rio amazonas os portugueses lutaram contra invasores holandeses, franceses e britanicos e ali se mantiveram após as
guerras. A pecuária também foi um dos fatores mais importantes para a interiorização do
Brasil.
Grande
parte da mão de obra utilizada na pecuária eram colonos sem capital, pois
tinham a possibilidade de acumular capital trabalhando numa fazenda. Essa atividade
econômica veio a atingir seu ápice com o desenvolvimento da atividade mineradora
nas Minas Gerais. Mesmo com o apogeu da mineração não houve uma migração total
da pecuária mantendo-se o comercio de subsistência no nordeste brasileiro. Com
o fim da produção extensiva de açúcar o nordeste se manteve por muito tempo
como uma grande região de comercio de subsistência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário